FÓRUM DO PATRIMÓNIO 2022
O Fórum do Património é uma iniciativa que se vem reunindo anualmente desde 2017, com o objetivo de unir organizações não-governamentais de defesa e preservação do património cultural e ambiental.
Como tal, é um espaço de diálogo, de cooperação e de intervenção, mas também, e sobretudo, de exercício de cidadania.
Já há algum tempo que vivemos uma pressão sobre o património, sobretudo o construído, e não só, transformando-o em objecto económico meramente lucrativo, principalmente através da sua total turistização, só possível pela priorização prosseguida pelas diversas administrações, salvo raras excepções.
O pretexto é sempre o mesmo: promovem o “desenvolvimento”; criam postos de trabalho. Como se esta fosse a única via; como se a médio / longo prazo essas “soluções” não tivessem custos elevados, quer do ponto de vista cultural, quer social e também económico.
Este tem sido um problema que se reproduz localmente, mas pela forma como se generalizou, tornou-se um problema global.
Neste sentido compete às organizações que promovem a defesa do património concertarem formas de atuação de modo a contrariar esta tendência destruidora. Seja com suporte nas convenções a que Portugal está obrigado, seja por legislação própria, existem inúmeras possibilidades para ter uma voz ativa, cada vez mais necessário tendo em conta o processo de “descentralização” em curso, que afeta também os organismos da administração que tutelam a cultura.
Contudo, estas ações só terão verdadeiramente eficácia se, a montante, conhecermos o património que temos, de que todos somos, inevitavelmente, depositários. É um conhecimento que implica a sua transformação em objetos significantes, a partir dos quais se constroem narrativas com significado para as respectivas comunidades. Naturalmente que isso só é possível se for assegurado a sua preservação material.
É este processo transformador, de valorização do particular num contexto em que quase tudo é uniformizado, que constitui a maior mais-valia da preservação do património. Aquilo a que chamam globalização passa também pelo que é diferente, pela afirmação dos elementos específicos, sejam de natureza material, ou imaterial, e pela sua apropriação.
Daí que se torne tão importante uma intervenção educativa, a todos os níveis, incluindo, e com especial enfoque, ao nível da população escolarizada e, até, dos próprios curricula.
Para inscrições: https://forms.gle/jjnqmAts9sbn31mZA
Centro de Estudos CECHAP
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